22 de ago. de 2008

Homenagem Recebida Rotary 2007 - Fotos

Rotary Club de C. Altos - 2007










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Homenagens Recebidas - Geral

Rotary Club de Campos Altos - 2008;
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Rotary Club de Campos Altos - 2007;
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Loja Maçônica XIII de dezembro - 24/08/09
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Título de cidadania honorária de Campos Altos - 18/09/09
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Cadeira do Presidente do Rotary e Comenda Leônidas Macedo Filho
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Câmara Municipal Leônidas Macedo Filho

Marco Rotário Leônidas Macedo Filho
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Tribunal de Justiça de Minas Gerais

Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra - Adesg






Homenagem Recebida Rotary - 2007 - Geral

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Homenagem Recebida Rotary - 2007 - Reportagem

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Homenagem Recebida Rotary 2008 - Geral

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Homenagem Recebida do Rotary 2008 - Texto

ROTARY CLUB DE C. ALTOS HOMENAGEIA EX-COMBATENTES DA II GUERRA

Pela comemoração da vitória dos aliados na II Guerra, em 07/05/08 o Rotary Club de Campos Altos prestou homenagens e ofertou aos ex-combatentes, João Sidney de Souza Filho, Leônidas Macedo Filho e Sebastião Leandro (falecido) diplomas de mérito com a seguinte mensagem:

“Pelo transcurso do 63º aniversário da vitória dos aliados, o Rotary Club de Campos Altos homenageia o ex-combatente ....., que lutou com bravura no teatro de operações da II Guerra na gloriosa campanha da Itália. ‘A coragem e sacrifício dos soldados brasileiros da FEB libertaram o povo e cidades Italianas da opressão nazi-fascista e contribuíram muito para triunfo da liberdade e democracia no mundo’.”

Dado ao grupo francês do IGE, constituído inclusive por um professor de história, haver manifestado desconhecimento sobre a participação militar brasileira na II Guerra, o ex-combatente Leônidas Macedo Filho assim justificou, bem como exibiu filme sobre a FEB e prestou as seguintes informações:

I - Apenas uma divisão militar brasileira, composta por 25.334 soldados compôs no último ano de guerra o universo das 20 divisões aliadas, que combateram os dois exércitos alemães na Itália;
II - Porque o país não foi invadido e não sofreu diretamente os horrores da guerra, não houve maior participação e significativos registros históricos;
III – Por falta de recursos, planejamento, visão, interesses políticos e comerciais, até porque a divisão brasileira foi subordinada ao 5º exército americano, o governo brasileiro não cuidou da propaganda. O que, ao contrário, foi muito bem feito pelos nortes americanos.

O 5º Exército Americano, comandado pelo Tenente General Mark Wayne Clark, foi organizado na África, onde combateu e venceu o general alemão Rommel, a raposa do deserto. Vitorioso na África, o 5º exército foi transferido para a Itália, com missão principal de atrair divisões alemãs localizadas na França e aliviar a pressão nazista sobre aquele país. A estratégia aliada foi bem sucedida e a vitória na Itália proporcionou a libertação dos franceses, cujo início testemunhamos:

“Em 15/08/1944 estávamos acampados em uma videira próxima à Tarquinia, no sul da Itália. Mesmo dentro da barraca podiam-se colher deliciosas uvas e avistar mais abaixo o aeroporto da cidade. Na madrugada fomos acordados pelo intenso ruído de aviões, que decolavam seguidamente, rebocavam planadores, sobrevoavam o acampamento e seguiam adiante. A intrigante movimentação aérea continuou até a metade da tarde, constituiu raro espetáculo e como o bombardeio do porto de Nápoles, foi passiva e privilegiadamente assistido por nós”. Mais tarde foi recebida a informação, que a intensa movimentação aérea fazia parte da operação militar ANVIL, desencadeada pelos aliados e que satisfatoriamente invadiu o sul da França;

Após a exibição do filme o ex-presidente do clube Geraldo Lima Jr., que no presente é sócio do RC de Três Lagoas - MT agradeceu o apoio recebido pelo falecimento da mãe dele, exaltou o clube, a merecida homenagem prestada aos ex-combatentes e contou que havia ouvido do patrão dele, que é italiano, o seguinte relato:

- Quando criança na Itália, em viagem a uma localidade, chamou-lhe a atenção uma encosta incrustada de cruzes brancas. Segundo a agradecida senhora mãe dele as cruzes eram em homenagem a soldados brasileiros mortos naquele local durante a II guerra. Até porque os mesmos teriam sido lançados prematuramente à frente de batalha, em condições, terrenos desconhecidos e adversos. Mesmo assim, continuou, os brasileiros lutaram, venceram os preparados alemães, defenderam a honra do Brasil e devolveram a liberdade ao povo e cidades italianas.

Pelo citado, o ex-presidente exaltou que apesar da grande conquista, os ex-combatentes brasileiros não receberam o devido reconhecimento e quase nada pelo grande mérito e heroísmo. Assim, quaisquer homenagens prestadas a eles ainda seriam poucas e pequenas se comparadas ao grande resultado obtido pela luta e sacrifício dos pracinhas. Até porque a luta e vitória da Força Expedicionária Brasileira - FEB na Itália auxiliou muito na conquista, consolidação dos direitos e da liberdade no Brasil e no mundo.


Campos Altos, 08 de maio de 2008.


Marcelo Macedo
Presidente da Comissão Distrital (4760) de Subsídios

Homenagem Recebida Rotary Club - 2008 - Fotos

Diploma Recebido


A Força Expedicionária Brasileira - FEB

Em conseqüência da entrada do Brasil na guerra, a 22 de agosto de 1942, já em 6 de janeiro de 1943 o então Ministro da Guerra, Gen. Eurico Gaspar Dutra, fez uma exposição de motivos ao Presidente da República, Dr. Getúlio Vargas, na qual se propunha a organização de uma Força Expedicionária Brasileira - FEB para tornar efetiva a participação do Brasil na guerra.
Unidades da FEB
A 9 de agosto de 1943, através da Portaria Ministerial nº 47-44, foi determinada a organização da 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária - 1ªDIE, a qual era composta de unidades de infantaria, artilharia, engenharia e saúde, entre outros, num total de 25.334 homens, dos quais 15.069 compunham a tropa combatente.
O comandante da 1ªDIE foi o General-de-Divisão João Batista Mascarenhas de Moraes. Comandava a Infantaria Divisionária o General-de-Brigada Euclides Zenóbio da Costa e a Artilharia Divisionária estava sob o comando do General-de-Brigada Oswaldo Cordeiro de Farias. Os órgãos não divisionários da 1ªDIE foram subordinados ao General-de-Brigada Olympio Falconieri da Cunha, o qual ocupava também o cargo de Inspetor Geral da FEB.
Originalmente, pretendia-se estabelecer três divisões de infantaria expedicionárias, mas as dificuldades em se organizar a 1ªDIE fizeram com que todos os esforços fossem concentrados para aquela. Essas dificuldades decorriam, basicamente, da necessidade de se adequar o Exército a conduzir operações de guerra fora do Território Nacional, para o qual não havia sido treinado; e do elevado índice de treinamento necessário a se utilizar com eficácia o equipamento norte-americano.
1º Grupo de Aviação de Caça
1ª Esquadrilha de Ligação e Observação
Além das unidades do Exército, duas unidades da Força Aérea Brasileira integraram a FEB. Uma delas foi o 1º Grupo de Aviação de Caça - 1ªGpAvCa, criado a 18 de dezembro de 1943; a outra foi a 1ª Esquadrilha de Ligação e Observação - 1ªELO, criada a 20 de julho de 1944, a fim de apoiar as atividades da Artilharia Divisionária da 1ªDIE.
O Exército também enviou um contingente de 67 enfermeiras, todas voluntárias e treinadas nos E.U.A. A FAB, por sua vez, enviou 8 enfermeiras. Todas elas serviram em hospitais norte-americanos, atendendo aos pacientes de todas as nacionalidades neles internados, até mesmo alemães.
CT Marcílio Dias
As unidades componentes da FEB passaram a ser treinadas nos moldes norte-americanos, pois haveriam de operar em conjunto com unidades do Exército dos E.U.A. A partir de maio de 1944, a 1ªDIE estava concentrada no Rio de Janeiro, aguardando as ordens para deslocamento à Itália. Em julho de 1944, o 2º Grupamento Tático da FEB embarcou a bordo do navio de transporte de tropas norte-americano "General William A. Mann", como se estivesse participando de um treinamento. No dia de 2 julho, esse navio, transportando o Gen. Mascarenhas de Morais e seu Estado-Maior, zarpou do porto do Rio de Janeiro, sendo escoltado, até Gibraltar, pelos contra-torpedeiros "Marcílio Dias", "Mariz e Barros" e "Greenhalg", da Marinha de Guerra brasileira; ao entrarem no Mar Mediterrâneo, receberam uma escolta adicional de navios da Marinha Real britânica. Desconhecendo seu porto de destino, os 5.090 homens do "1º Escalão de Embarque" da FEB chegaram no dia 16 de julho a Nápoles.
No dia 22 de setembro, embarcaram no Rio de Janeiro os 1º e 3º grupamentos táticos da FEB, a bordo dos navios de transporte de tropas "General William A. Mann" e "General M.C. Meigs". A Marinha de Guerra brasileira forneceu o cruzador "Rio Grande do Sul" para participar da escolta, a qual foi feita com navios da Marinha norte-americana e, após ingressar no Mediterrâneo, também com navios da Marinha Real britânica. Foram transportados 10.340 homens, os quais aportaram em Nápoles no dia 6 de outubro. De lá, foram transferidos para lanchas de desembarque e transportados até Livorno, em uma viagem muito desconfortável, com quase toda a tropa sofrendo de enjôo, e, por fim, até Pisa, onde ficou estacionada.
Nesse mesmo período, o pessoal componente do "Depósito de Pessoal da FEB" foi transportado a bordo do "General M.C. Meigs", em um total de 4.682 homens, a partir do dia 25 de novembro; chegaram a Nápoles no dia 7 de dezembro e foram posteriormente transferidos para Pisa.
O último contingente da FEB enviado à Itália, num total de 5.082 homens, zarpou do Rio de Janeiro no dia 9 de fevereiro de 1945, chegando à Nápoles no dia 22 daquele mês.
A FEB na Itália
A 23 de julho, iniciou-se o treinamento preliminar do 1º Escalão da FEB. Tal treinamento visava a reforçar aquele recebido ainda no Brasil, bem como conhecer as peculiaridades dos combates na frente italiana, as características das tropas alemãs - principalmente o uso das "booby-traps" (armadilhas), como canetas, condecorações, punhais, até mesmo jóias, todas ligadas ou contendo explosivos capazes de matar um soldado curioso.
A FEB, ao chegar à Itália, passou a fazer parte do V Exército dos E.U.A., comandado pelo General Mark Wayne Clark. Juntamente com o VIII Exército britânico, comandado pelo General Leese, compunha o XV Grupo de Exércitos - composto por brasileiros, britânicos, canadenses, indianos, norte-americanos, poloneses e sul-africanos - sob o comando do Marechal-de-Campo britânico Alexander. As tropas alemãs, às quais se agregavam algumas unidades fascistas italianas, eram comandadas pelo Marechal-de-Campo Albert Kesselring, da Força Aérea.
No dia 4 de agosto de 1944, o XV Grupo de Exércitos iniciou uma ofensiva, a fim de ocupar Bolonha, no vale do rio Pó. A progressão do 4º Corpo de Exército (parte do 5ºEx.) deu-se de maneira satisfatória, até que, chegando ao vale do rio Sercchio, foi retido pela topografia do terreno montanhoso, o qual impedia o avanço dos tanques e ao qual as tropas alemãs souberam se agarrar. Apenas tropas de infantaria poderiam avançar por tal terreno; como o 4ºCE carecia de tais tropas, o Grupamento Tático da FEB foi designado para reforçá-lo. Na noite de 15 para 16 de setembro, a tropa brasileira, composta pelo 6ºRI, II/1ºROAuR, 1ª/9ºBE, Cia. Ev./1ºBS, 1ªCiaLMan e pelotões de Polícia, Intendência, Comunicações e Transmissões, deveria substituir a tropa norte-americana ao Oeste do rio Sercchio, sondar o dispositivo inimigo e persegui-lo rumo ao Norte em caso de retirada. Os brasileiros foram reforçados com duas companhias blindadas norte-americanas, a 3ª Companhia do 701º Batalhão de Destruidores de Tanques e a 3ª Companhia do 751º Batalhão de Carros de Combate.
Ao anoitecer do dia 16, os Iº e IIº batalhões do 6ºRI haviam ocupado Masarosa e Bozzano. Ainda no dia 16, a Artilharia Divisionária da FEB disparou seu primeiro tiro na Campanha, dado pela 1ª Bateria do II/1ºROAuR. No dia 18, apesar do intenso fogo da artilharia inimiga, a infantaria brasileira e alguns blindados norte-americanos ocuparam a cidade de Camaiore e, no dia seguinte, a FEB atacou os primeiros postos da "Linha Gótica", uma série de fortificações inimigas que atravessava a Itália, de Leste a Oeste. Com a resistência inimiga acentuando-se, a 20 ocupou-se o Monte Prano, após um ataque frontal pelo IIIº/6ºRI, para atrair o fogo inimigo, enquanto o IIº/6ºRI realizava um movimento pelo flanco direito, atacando os alemães pela retaguarda, forçando-os a se retirarem. Essa operação custou à FEB cinco mortos e dezessete feridos. Após, o Destacamento FEB ocupou várias localidades, incluindo Pescaglia e Borgo a Mozzano.
De acordo com o dispositivo do 4ºCE, o Destacamento FEB foi deslocado para Leste, a fim de operar ao longo do vale do Sercchio, com o objetivo de conquistar Castelnuovo de Garfagnana. A 6 de outubro, foram ocupadas localidades de Coraglia e Fornacci. Esta última era de grande valor estratégico, pois a fábrica de munições e acessórios para aviões "Catarozzo" nela se localizava; os alemães fugiram com tal alvoroço, frente ao rápido ataque brasileiro, que a deixaram praticamente intacta. No dia 17, ocupou-se Barga e os montes vizinhos, passando o Destacamento FEB a ameaçar Castelnuovo, importante fortificação alemã da "Linha Gótica".
O escudo da FEB
Nesse mesmo dia, o Ministro da Guerra, General Eurico Gaspar Dutra, visitou a FEB e, durante sua estada, oficializou o termo "A Cobra Fumou", transformando essa expressão no símbolo da FEB, com um escudo desenhado de forma apropriada. Antes da FEB partir para a Itália, dizia-se que era "mais fácil uma cobra fumar do que a FEB embarcar"... pois bem, a "cobra" já havia "fumado", para desencanto dos descrentes!
A 30 de setembro, o Gen. Mark Clark realizou uma conferência com os Oficiais-Generais sob seu comando, em seu QG no Passo de Futa. O XV Grupo de Exércitos havia chegado ao limite de sua capacidade ofensiva, com esgotamento das tropas, muito desfalcadas pelos combates. Essa situação havia levado o Mar. Alexander a solicitar ao Alto-Comando Aliado a suspensão das atividades ofensivas na frente da Itália, a fim de recompletar suas tropas, aproveitando o período de inverno, que se prenunciava bastante rigoroso.
No entanto, com o avanço anglo-britânico na frente Ocidental, e o soviético na frente Oriental, era imperativo manter a pressão sobre os alemães na frente italiana, a fim de evitar que os alemães retirassem divisões de lá e as transferissem para as outras frentes. Ficou acordado, então, que o XV Grupo de Exércitos faria um último esforço, antes do inverno chegar, para se apoderar de Bolonha, através de uma ofensiva que seria desencadeada pelos V Ex. E.U.A. e VIII Ex. Brit. na primeira quinzena de dezembro.
Grande parte da FEB encontrava-se, até então, acantonada em Pisa, ainda sem ter recebido seu equipamento e armamento definitivos. Em conversa com o Gen. Mark Clark durante a reunião, o Gen. Mascarenhas de Morais acertou que a 1ªDIE receberia, até o dia 16 de novembro, todo o equipamento e que teria um prazo para se completar seu adestramento. A 1ªDIE substituiria, então, elementos da 1ª Divisão Blindada norte-americana, no 4ºCE, e iniciaria as ações ofensivas a fim de desalojar o inimigo dos montes que dominavam a estrada que ligava Porreta Terme a Bolonha, um dos eixos de transporte que os Aliados necessitariam para a ofensiva de dezembro.
O Gen. Mascarenhas de Morais sabia que a 1ªDIE não estava em condições adequadas para se engajar em uma ação ofensiva, mas, como era a única tropa de infantaria disponível para emprego pelo V Ex. E.U.A., não havia outra alternativa que não a de entrar em ação. O 6ºRI e demais unidades, após as ações iniciais no vale do Sercchio, necessitavam de repouso; os demais elementos da 1ªDIE só estariam aptos após o dia 20 de novembro e, apesar do estado moral e físico da tropa serem bons, não haviam sido suficientemente adestrados.
No dia 1º de novembro, o Gen. Mascarenhas de Morais assumiu o comando da 1ªDIE. Como o 6ºRI era a única tropa brasileira com experiência de combate, foi-lhe determinado substituir, na noite de 1º para 2 de novembro, elementos da 1ªDB norte-americana, no vale do rio Reno. No dia 11, o Gen. Mascarenhas de Morais assumiu o comando do setor alocado à 1ªDIE na frente, com o 6ºRI ao centro, a "Task Force Gardner" à direita e os II/370ºRI e 81ºEsqd.Rec., norte-americanos, à esquerda. A 19 de novembro, o 1ºRI substituiu o 6ºRI; a 27, foi a vez do 11ºRI entrar em linha e, no dia 30, a 1ªDIE encontrava-se em posição, ocupando uma frente bastante extensa.
Com a 1ªDIE a postos, o comandante do 4ºCE, General Willis Dale Crittenberger, ordenou um ataque ao dispositivo Monte Belvedere-Monte Castelo, com dois batalhões do 370ºRI e a "Task Force 45", norte-americanos, e o III/6ºRI, que encontrava-se em reserva. Iniciado no dia 24 de novembro e enfrentando pesado fogo inimigo, no dia 25 a "Task Force 45" ocupou o Monte Belvedere e o III/6ºRI atingiu a meia-encosta do Monte Castelo.
O 1º ataque brasileiro a Monte Castelo
Tendo obtido um sucesso parcial nesse primeiro ataque ao ao dispositivo Monte Belvedere-Monte Castelo, o comandante do 4ºCE determinou que a 1ªDIE se apossasse do Monte Castelo. Na manhã do dia 29, um grupamento brasileiro, sob as ordens do Gen. Zenóbio da Costa e constituído pelos I/ºRI, III/11ºRI e III/6ºRI, bem como outros elementos de apoio, atacou as posições inimigas. Os dois primeiros batalhões foram lançados em ataque frontal ao Monte Castelo, com o III/6ºRI atacando pela direita, protegendo aquele flanco. Porém, na noite do dia 28 para 29, os alemães conseguiram desalojar a "Task Force 45" do Monte Belvedere, expondo o flanco esquerdo do ataque brasileiro. Sob pesado fogo inimigo, as tropas brasileiras foram imobilizadas após terem avançado poucos metros.
O 2º ataque brasileiro a Monte Castelo
O inverno já estava se mostrando, transformando as estradas em rios de lama e impedindo o avanço Aliado. Era mister conquistar Monte Castelo o mais rapidamente possível. Foi fixada a data de 12 de dezembro para um novo ataque brasileiro. Dessa feita, os II e III batalhões do 1ºRI e os I e III batalhões do 11ºRI seriam responsáveis pelo ataque. O Gen. Zenóbio da Costa decidiu utilizar o 1ºRI como força principal, deixando o I/11ºRI para proteger o flanco e o III/11ºRI como reserva. O ataque iniciou às 6h da manhã do dia 12, sem preparação de artilharia, para tentar pegar o inimigo de surpresa. No entanto, informações erradas sobre a localização de tropas Aliadas em posições efetivamente ocupadas pelos alemães, fizeram com que a tropa brasileira fosse impedida em seu avanço - a menos de alguns elementos - pelo pesado fogo de morteiros e metralhadoras inimigas. Após seis horas de pesado combate, a tropa brasileira não conseguia avançar mais, e apenas perto das 16h da tarde foi dada a ordem de retração para as linhas ocupadas anteriormente, com ordem expressa de mantê-las a todo custo.
A defensiva da FEB no inverno 1944-1945
Os insucessos das ações ofensivas do 4ºCE não foram únicos naquele período, com os britânicos, a Leste, também sido forçados a parar seus ataques, em função da defesa obstinada do inimigo e a impossibilidade de avanço devido ao mau tempo reinante. Na área do V Ex. E.U.A. - sob o comando do Lt.-Gen. Lucian King Truscott Jr. desde 13 de dezembro - os alemães haviam lançado inclusive um contra-ataque ao longo do Sercchio, o que pôs em risco o vital porto de Livorno. Isso levou ao deslocamento de tropas para aquela frente e, a 30 de dezembro, o Mar. Alexander decidiu passar à defensiva.
À 1ªDIE coube, agora, sustentar uma linha de frente com 22Km de extensão, ao longo do vale do Reno, que corria à meia-encosta das elevações. Submetida ao constante fogo inimigo, a partir do topo das elevações, a 1ªDIE necessitava manter esse importante setor, pois era imprescindível negar ao inimigo o acesso à estrada Porreta Terme-Bolonha; ao mesmo tempo, em preparação para a próxima ofensiva, depósitos precisavam ser instalados ao longo da estrada.
Dividindo esse setor entre seus regimentos de infantaria, a 1ªDIE logrou manter a linha até abril de 1945, quando iniciou-se a ofensiva da primavera. Apesar do cuidado em dispor seus meios, havia pontos fracos através dos quais o inimigo poderia infiltrar-se, talvez até efetuando um ataque de surpresa, com efeitos desastrosos. Por isso, apesar de estar na defensiva, na verdade a 1ªDIE montou durante todo esse período um dispositivo de monitoramento da área, com envio de patrulhas, a fim de sondar o inimigo e saber de seus intentos. Esse período marcou o fortalecimento da experiência de combate da 1ªDIE, e que renderia frutos no futuro.
Cabe ressaltar aqui a excepcional capacidade de adaptação do soldado brasileiro às situações de combate e às agruras do tempo. Ele improvisou, enrolando seus pés em panos de lã, jornais velhos e até penas de galinha, e, dispensando o duro e pesado borzeguim, calçou o galochão, praticamente eliminando a ocorrência do chamado "pé-de-trincheira", que levou à amputação de tantas pernas de soldados britânicos e norte-americanos. Isso levou a uma recomendação de uso, no V Ex. E.U.A., de um calçado mais leve, tipo mocassim, que permitiria uma melhor circulação sangüínea dos pés, ao mesmo tempo protegendo-os do frio intenso.
Preparando para a Ofensiva da Primavera
A Ofensiva da Primavera, a ser desencadeada em abril de 1945, compunha-se de três fases: a primeira deveria quebrar o dispositivo inimigo nos Apeninos e conquistar Bolonha; a segunda, cercar o máximo de efetivo inimigo ao sul do rio Pó; e, na terceira, os V Ex. E.U.A. e VIII Ex. britânico deveriam transpor o rio Pó, em direção ao Passo de Brenner, na fronteira com a Áustria, efetivando-se a completa destruição das forças inimigas. Para que tal plano fosse efetuado, era necessário que o V Ex. E.U.A. desalojasse o inimigo das elevações que dominavam a estrada Porreta Terme-Bolonha, desde o Monte Belvedere até o Monte Pero.
O 3º ataque brasileiro a Monte Castelo
Para tanto, no dia 16 de fevereiro, o Gen. Crittenberger reuniu os comandantes da 1ªDIE e da 10ª Divisão de Montanha E.U.A., unidade de elite recentemente chegada à Itália. Ficou acertado que a 10ªDivMth realizaria a ação principal, a partir das 23h do dia 20 de fevereiro, atacando o Monte Belvedere, prosseguindo para se apoderar do Monte Pero. A 1ªDIE atacaria o Monte Castelo às 6h do dia 21, após a 10ªDivMth ter ocupado a posição de Mazzacana; após ter se apoderado do Monte Castelo, substituiria os elementos da 10ªDivMth em Belvedere e Mazzacana, protegendo assim os flancos esquerdo e direito daquela unidade. A missão atribuída à 1ªDIE era importantíssima, pois dela dependeria o sucesso do avanço da 10ªDivMth; todos os movimentos no ataque deveriam ser efetuados com absoluta precisão, pois um atraso na substituição dos elementos da ala esquerda da 10ªDivMth faria com que esta não dispusesse de meios para prosseguir no ataque.
O escudo da 10ªDivMth
À hora e dia fixados, a 10ªDivMth atacou o Monte Belvedere e facilmente ocupou-o. No dia 21, iniciou-se o 3º ataque da 1ªDIE ao Monte Castelo; o 1ªRI realizou a ação principal, com o II/11ºRI protegendo seu flanco direito. Após acirrados combates, às 19h o 1ºRI conquistou o Monte Castelo, ao passo que a 10ªDivMth progredia lentamente em direção ao monte Della Toraccia, onde os alemães mostraram-se obstinados na defesa.
Durante o ataque brasileiro a Monte Castelo, a 1ªDIE contou com um importante apoio: o 1ºGpAvCa da FAB bombardeou com precisão as posições alemãs, destruindo seus ninhos de metralhadoras e facilitando o avanço da tropa brasileira.
A vitória brasileira em Monte Castelo valeu-lhe elogios dos principais comandantes Aliados na frente italiana, os quais compareceram ao QG da 1ªDIE para cumprimentar o Gen. Mascarenhas de Morais. Reacendia-se o respeito pela tropa brasileira!
No dia 22, a 1ªDIE continuou em seu ataque, conquistando La Serra, no que auxiliou a tomada de Della Toraccia pela 10ªDivMth. No dia 25, a 1ªDIE já havia substituído a 10ªDivMth em Belvedere e Mazzacana, e engajara o inimigo, à direita, evitando que se retirasse para o norte. Finalmente, no dia 6 de março a 10ªDivMth conquistou o monte Della Castellana e a 1ªDIE apossou-se de Castelnuovo; com isso, a estrada Porreta Terme-Bolonha estava livre dos bombardeios alemães. Com essas conquistas, encerrou-se a preparação para a Ofensiva da Primavera, e a 1ªDIE deslocou-se para o vale do Panaro, a 10 de março.
Patrulha da FEB em Montese
A Ofensiva da Primavera
A Ofensiva da Primavera iniciou no dia 14 de abril, com um ataque da 10ªDivMth na direção de Bolonha e a 1ªDB ao longo da estrada Porreta Terme-Vergato; ao passo que a 1ªDIE protegeria o flanco esquerdo do 4ºCE, ao longo do vale do Panaro. O Gen. Mascarenhas de Morais decidiu atacar à direita, a fim de conquistar Montese e Montello, enquanto o flanco esquerdo da 1ªDIE permaneceria sustentando as posições. Ao anoitecer do dia 14, o I/11ºRI entrava em Montese, apesar do forte bombardeio inimigo, o mais pesado até então sofrido pelas tropas brasileiras. No dia 21, o 6ºRI ocupou Zocca, a qual havia sido abandonada pelo inimigo.
O dia 22 de abril ficaria marcado para sempre na história da Força Aérea Brasileira, pois naquele dia o 1ºGpAvCa montou mais de 44 surtidas individuais, tendo destruído mais de 100 veículos inimigos, além de outros alvos.
Com a queda de Bolonha no dia 21, frente ao 2ºCE norte-americano, o Gen. Truscott ordenou a perseguição ao inimigo, já em franca retirada. O 4ºCE deveria caçar o inimigo a oeste de Bolonha, impedindo assim que as tropas alemãs atravessassem o Pó em direção ao norte. A 1ºDIE, cuja missão era guardar o flanco oeste do movimento do 4ºCE em direção ao Norte, utilizou os caminhões da Artilharia Divisionária para transportar a infantaria, em pequenos destacamentos.
Assim, no dia 27, a tropa brasileira ocupou Collecchio, onde fez 558 prisioneiros alemães. A maior parte da 1ªDIE lá reuniu-se, com o II/11ºRI em Collecchio; o restante do 11ºRI ocupava as estradas que dirijiam-se ao Norte, entre Torrechiara e Albinea; o 6ºRI encontrava-se ao longo da bacia do rio Taro; e o 1ºRI deslocava-se para Fidenza e Salsomaggiore. No dia 27, uma mensagem do 4ºCE informou que uma divisão inimiga deslocava-se pela estrada Fornovo-Collecchio, a fim de atravessar o Pó. Decidiu o Gen. Mascarenhas de Morais por uma manobra de cerco: O 6ºRI, apoiado pelo Esqd.Rec., deveria procurar contato com o inimigo através da estrada Fornovo-Collecchio; o II/1ºRI deveria bloquear as estradas para Fidenza ou Piacenza; os I e III batalhões do 11º deveriam bloquear as estradas entre os rios Parma e Cróstolo. A 1ºDIE estava prestes a golpear fortemente o inimigo!
Na noite do dia 28, por três vezes tropas alemãs tentaram abrir caminho para o Norte na região de Felegara, mas foram repelidos e retraíram-se para a região de Fornovo, seguidos pelo Esqd.Rec. No dia 29, a tropa brasileira apertou o cêrco aos alemães em Fornovo, e, ao meio-dia, o comandante do 6ºRI intimou-os a renderem-se; recebeu a resposta que apenas após a consulta ao seus superiores poderiam responder à intimação.
Prisioneiros alemães em Fornovo
Às 22h do dia 29, o Major Kuhn, chefe do Estado-Maior da 148ªDI alemã, acompanhado de dois oficiais, apresentou-se ao comandante do 6ºRI, para tratar da rendição incondicional da tropa alemã. Acertados os termos da rendição, 14.779 soldados pertencentes às 148ªDI e 90ª Divisão "Panzergrenadier", alemãs, e à Divisão "Bersaglieri", italiana, depuseram suas armas. Foi um dos maiores feitos da FEB na Itália, comprovando o valor do soldado brasileiro.
A 1ªDIE recebeu então ordens de ocupar Piacenza e Alessandria; destacamentos brasileiros seguiram em direção a Susa, para estabelecer ligação com as tropas francesas. Nesse meio tempo, as tropas americanas haviam ocupado Novara e alcançado Turim, onde o comandante do 75ºCE alemão solicitou os termos para uma rendição, no dia 29. Porém, alguns generais alemães recusaram-se a render-se enquanto não houvesse ordem de Adolf Hitler para tanto. Com o suicídio de Hitler em 30 de abril, o cessar-fogo na frente italiana ocorreu no dia 2 de maio, e a rendição alemã na Itália foi assinada dois dias após.
O retorno
Após desempenhar por um pequeno período funções de exército de ocupação, a FEB retornou ao Brasil, por escalões. O 1º Escalão deixou a Itália a 6 de julho, a bordo do navio transporte de tropas norte-americano "General M.C. Meigs" e chegou ao Rio de Janeiro no dia 18, com 4.931 homens. O Escalão 1A saiu no dia 12 de julho, a bordo do navio brasileiro "Pedro I", chegando ao Rio de Janeiro no dia 3 de agosto; o Escalão 1B zarpou no dia 26 de julho, a bordo do navio brasileiro "Pedro II", e chegou ao Rio de Janeiro no dia 13 de agosto.
O 2º Escalão deixou a Itália no dia 12 de agosto, com 6.187 homens a bordo do transporte norte-americano "Mariposa", e chegou ao Brasil a 23 do mesmo mês. O 3º Escalão, com 1.801 homens, embarcou com destino ao Rio de Janeiro no dia 28 de agosto, a bordo do navio "Duque de Caxias", da Marinha de Guerra, chegando no dia 19 de setembro. O 4º Escalão deixou a Itália no dia 4 de setembro, com 5.342 homens a bordo do "General M.C. Meigs", chegando ao Rio de Janeiro no dia 19. Finalmente, no dia 3 de outubro, chegava ao Brasil o 5º Escalão, composto por 2.742 homens, a bordo do transporte norte-americano "James Parker", o qual havia zarpado a 19 de setembro. Após a chegada de cada escalão, a tropa desfilava no Rio de Janeiro, sendo recepcionada calorosamente pela população, em reconhecimento ao seu valor, demonstrado nos campos de batalha da Itália.
Nossos Heróis
Encerrava-se aqui um glorioso capítulo na história do Brasil. País pacífico, que procura o entendimento entre as Nações, foi forçado a entrar na guerra após ter sido atacado pelo Eixo. Soube, com muito esforço, enviar uma tropa para combater no Continente Europeu, contribuindo para a vitória Aliada. Mal-treinada que era, de início, os "pracinhas" suplantaram as dificuldades e demonstraram o valor do soldado brasileiro. Foram 239 dias de combate, nos quais a FEB perdeu 465 homens. Seu sacrifício não foi em vão!

Homenagem Recebida Rotary 2008 - Reportagens








O Brasil e a II Guerra

A eclosão da II Guerra Mundial encontrou o Brasil em uma situação incômoda, pois lhe faltavam os meios industriais para manter-se em posição de neutralidade por muito tempo. A necessidade de importar bens manufaturados expunha o Brasil ao conflito, pois sua Marinha Mercante estaria à mercê dos submarinos. Afora isso, suas forças armadas - Exército e Marinha - eram equipadas com material obsoleto e suas tropas, treinadas de forma inadequada para enfrentar um potencial inimigo.
O ano de 1941 viu intensificar-se o conflito, com o ataque alemão à União Soviética, e a entrada dos alemães em combate na África do Norte, em apoio aos italianos, os quais haviam sofrido pesadas derrotas frente às tropas britânicas. Havia um receio, por parte do Governo Brasileiro, de que os alemães montassem ataques aéreos ao Nordeste do país, a partir de Dacar - sob controle do governo colaboracionista francês de Vichy e, portanto, facilmente utilizável pelos alemães se assim o quisessem. Por outro lado, o "Estado Novo" brasileiro era de características marcadamente similares aos governos totalitários europeus; haviam grande colônias de imigrantes alemães e italianos, aqueles mais fervorosos em defender o Nazismo do que os italianos, até mesmo pela sua maior miscigenação com os brasileiros. É verdade, também, que parte do oficialato brasileiro era simpatizante dos alemães, e que o processo de reequipamento das Forças Armadas brasileiras era dependente tanto da Alemanha quanto da Itália, com a aquisição de aviões e canhões alemães e submarinos italianos. Essas situações colocavam o Governo Brasileiro em uma, por assim dizer, encruzilhada, hesitando em tomar partido de um ou de outro lado.
O ataque japonês a Pearl Harbor, em 7 de dezembro de 1941, no entanto, faria o Brasil declarar-se solidário aos Estados Unidos da América sem, no entanto, romper as relações diplomáticas com os países do Eixo. O governo brasileiro sabia que tal ação levaria inevitavelmente ao seu envolvimento direto na guerra. Durante a 3ª Conferência dos Ministros das Relações Exteriores, realizada de 15 a 28 de janeiro de 1942, no Rio de Janeiro, o presidente Vargas fez saber ao governo norte-americano que tal posição só seria adotada pelo Brasil se os E.U.A. fornecessem armas e equipamento mecanizado para reequipar as Forças Armadas brasileiras e se comprometessem na defesa do Brasil, caso fosse necessário. Além disso, era necessário, sob orientação do Ministro da Guerra, salvaguardar as relações com a Argentina, de forma a se evitar de qualquer forma uma confrontação com aquele país; para tanto, a declaração conjunta dos ministros ao fim da conferência deveria ser tal que a Argentina pudesse apoiá-la. Com o comprometimento norte-americano às necessidades de defesa impostas pelo Brasil, em 28 de janeiro foram rompidas as relações diplomáticas com os países do Eixo.
O comprometimento definitivo do Brasil à causa aliada trouxe a presença de tropas norte-americanas ao Norte e Nordeste do país, bem como o envio de material militar, inicialmente aeronaves de combate, a fim de auxiliar na patrulha anti-submarino, proteção de comboios e, eventualmente, proteger contra um ataque alemão.
Navios brasileiros afundados
Submarinos do Eixo envolvidos
Com o rompimento das relações diplomáticas, o Eixo passou a atacar navios mercantes brasileiros. A 16 de fevereiro de 1942, foi afundado pelo submarino alemão U-432 o "Buarque", na costa leste dos E.U.A., com 1 baixa; entre 19 e 25 de fevereiro, o mercante "Cabedello" foi afundado ao largo da costa leste dos E.U.A. por um submarino italiano ("Da Vinci" ou "Capellini"); em agosto, os ataques atingiram o seu ápice, com o afundamento, em cinco dias, de seis navios brasileiros, todos ao largo da costa brasileira e efetuados pelo submarino alemão U-507. Esses ataques, os quais causaram a morte de 607 passageiros e tripulantes, causaram um grande clamor entre a população, inclusive com ataques a cidadãos alemães e suas propriedades. O Governo viu-se forçado a declarar guerra ao Eixo, a 22 de agosto. Uma das primeiras medidas tomadas foi a intervenção nas empresas alemãs e italianas então em funcionamento no Brasil, como meio de reparação aos danos causados pelos ataques de submarinos daqueles países à navegação mercante brasileira.
A Aviação de Patrulha da FAB na IIª Guerra
Já mesmo antes de entrar em guerra, a Marinha de Guerra e a Força Aérea Brasileira vinham efetuando missões de patrulha marítima. A partir de 1942, chegaram ao Brasil as primeiras aeronaves transferidas pelos E.U.A. através do Acordo "Lend-Lease" - caças Curtiss P-36A, bombardeiros médios B-25 e aeronaves de ataque Lockheed A-28. Foi um B-25 da FAB, com tripulação mista brasileira e norte-americana, que fez o primeiro ataque a um submarino alemão em águas brasileiras, a 22 de maio de 1942. A 31 de julho de 1943, uma aeronave PBY-5 Catalina afundou o submarino alemão U-199 ao largo do Rio de Janeiro.
A Marinha de Guerra efetuou as primeiras missões de patrulha no Nordeste a partir de 1940, com os navios mineiros "Cananéia", "Camaquã" e "Camocim", baseados em Natal. A partir de 2 janeiro de 1941, a Divisão de Cruzadores, composta pelo cruzador "Rio Grande do Sul" e os navios mineiros "Cabedelo", "Caravelas" e "Cananéia", foi sediada na Base Naval do Recife, a fim de patrulhar o litoral, usando também as bases navais de Natal, Salvador e o porto de Maceió. Em outubro de 1942, foi criada a Força Naval do Nordeste, composta pelo cruzador "Bahia" e os navios mineiros "Carioca", "Gurupi" e "Guaporé" e por navios que já operavam na região (com exceção do "Camocim").
A partir de 1942, com o recebimento de 16 navios caça-submarinos e 8 contra-torpedeiros norte-americanos, sob o Acordo "Lend-Lease", bem como a construção de belonaves nos estaleiros brasileiros (incluindo 9 contra-torpedeiros, 12 corvetas e 16 caça-submarinos), a Marinha contava com 98 diferentes tipos de navios, 69 dos quais eram modernos; os restantes haviam sido modernizados e adequados às missões de guerra.
A partir de 1943, estabeleceu-se um comando unificado na Área Oeste do Atlântico Centro-Meridional, sob as ordens do Vice-Almirante Jonas Howard Ingram, comandante da 4ª Esquadra da Marinha dos E.U.A. A Força Naval do Nordeste, bem como as unidades da FAB localizadas na região, foram colocadas sob seu comando.
A Marinha realizou 195 escoltas a comboios e participou de 251 escoltas a comboios juntamente com navios da Marinha dos E.U.A. O número de navios escoltados totalizou 1.396 navios brasileiros e 1.505 de outras nacionalidades. A Marinha perdeu mais de 500 homens em suas missões durante a guerra.
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